Concluído em Fevereiro de 2025
Coordenadora: Francisca Ferreira Michelon
Coordenação Adjunta: Jossana Peil Coelho
Este projeto surgiu do Acordo de Cooperação Técnica no 11/2022, celebrado entre a Universidade Federal de Pelotas e Universidade de Sevilha (Espanha). O tema circunscreve-se no diverso e amplo campo de estudos do Patrimônio Industrial. O objeto são as extintas fábricas familiares de alimentos da antiga zona rural de Pelotas e o estudo de possíveis usos sustentáveis para esses espaços que cumpram, também, com promover, participar ou incentivar a sustentabilidade do território no qual se encontram. Em geral, a maioria das fábricas extintas acaba tendo destino similar: o abandono. Muito poucas, das que não se tornam espaços esquecidos, adquirem um uso que lhes permite evocar a densidade patrimonial e histórica que a elas é inerente. São o principal suporte das memórias de um tempo suplantado, o da fábrica ativa. No entanto, se a revitalização de um patrimônio industrial em área urbana já é minoritária perto a de outras tipologias patrimoniais, na área rural é quase improvável que venha a acontecer. Portanto, o debate que se estabelece é como pode ser a sustentabilidade desses lugares e, sobretudo, como torná-los lugares de sustentabilidade em zonas de pouca visibilidade cultural.
Financiamento: Apoio financeiro do Estado do Rio Grande do Sul, por intermédio da FAPERGS – EDITAL FAPERGS/CNPq 07/2022 – Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil
INSTITUIÇÕES PARCEIRAS:
1. Universidade de Sevilha
2. Universidade de Málaga
3. Instituto Politécnico de Tomar
4. Universidade de Luján
EQUIPE
Amanda Mensch Eltz, Cláudia da Silva Nogueira, Flora Coelho Jerozolimski, Joao Fernando Igansi Nunes, Juliana Mohr dos Santos, Giane Trovo Belmonte, Rayza Roveda Ataides, Ubirajara Buddin Cruz, Wagner Halmenschlager,
EQUIPE ESTRANGEIRA
María Isabel Alba Dorado (Universidade de Málaga), Vicente Julián Sobrino Simal (Universidade de Sevilha), Luiz Oosterbeek (Instituto Politécnico de Tomar), Mariela Ceva (Universidade de Luján)
Concluído em Abril de 2024
Pesquisadora: Desirée Nobre Salasar
A pesquisa fundamentou-se na comunicação inclusiva na perspectiva do Desenho Universal, ou seja, priorizamos o uso coletivo ao uso individual. A comunicação como base estrutural do ser humano e dos museus tornam necessário encontrar diferentes métodos comunicacionais que ampliem a fruição nestes espaços. Portanto, trata-se de um estudo de caso de um museu português que utiliza diferentes estratégias de comunicação para diferentes públicos, incluindo pessoas com deficiência, destacando-se como um museu de referência na área da acessibilidade e inclusão. Fez-se um estudo aprofundado de um caso de sucesso para que outras pessoas e outras instituições possam conhecer este espaço e refletir sobre o quanto um museu pode ser inclusivo de uma forma discreta e confortável aos seus visitantes.
Concluído em Julho 2023
Pesquisadora: Giane Trovo Belmonte
Giane Trovo Belmonte, filha, mãe e avó. Com formação básica na área de extensão rural e educação, encontrei no convívio com pessoas e seus lugares, um espaço de conhecimentos, trocas, sentimentos, descobertas e muita empatia. Por meio da pesquisa de mestrado, investiguei sobre os detentores da tradição do doce colonial da antiga Pelotas, juntamente às famílias de tradição doceira da cidade de Morro Redondo, que mantêm os costumes da feitura do doce transmitida por meio de gerações. O objetivo do estudo foi identificar quem é ou quem são os Tesouros Humanos Vivos que a comunidade e o poder público reconhecem como tal. A partir dos estudos e visitas, identificou-se elementos que
concentram ações de proteção ou indicam conflitos sobre as práticas desse detentor, gerando reflexão sobre as garantias de viabilidade desse Patrimônio Cultural Imaterial. Os procedimentos metodológicos adotados foram de caráter qualitativo, descritivo e empregaram-se instrumentos de pesquisa bibliográfica e documental, registros fotográficos, visitas e entrevistas e suas transcrições parciais. Mediante o cenário e às ações coletivas praticadas, observou-se que o THV existe tanto quanto a tradição. Contudo, identificou-se um cenário de conflitos e resistências que causam ranhuras e descrença no patrimônio como instituição. Sendo assim, o cenário e as ações coletivas de salvaguarda da tradição doceira devem ser pensadas de maneira a auxiliar e proteger esse patrimônio vivo.